Intitulada Trash, publicação sugere a subversão do senso comum nas narrativas de imagem de moda. Trabalho foi realizado por alunos de produção de moda do Senac São Bernardo do Campo
Da união de projetos de pesquisa que entrelaçavam os movimentos de ativismo da população negra, de ocupação da cidade e da diversidade no Brasil surgiu a revista Trash, publicação de autoria dos estudantes de produção de moda Kim Souza, Weslley Meneses e Rodolfo Francisco, do Senac São Bernardo do Campo.
A escolha irreverente do nome da revista, um bordão que pegou na moda nos 90 e que em inglês significa lixo, sugere um segundo olhar sobre essas referências de brasilidade, historicamente deixadas de lado pelo mainstream do segmento, em alta há algumas temporadas no Brasil e no exterior.
“A palavra foi escolhida por conta da forma banal que algumas pessoas que têm pouco repertório sobre esses assuntos veem a moda enquanto aliada da cultura e da política”, explica Weslley.
Para os editoriais de moda, os estudantes revisitaram clássicos da década de 90, como animal print, calça baggy e cores vibrantes, vestindo seu casting 100% negro e LGBT+, num viés contemporâneo sobre o styling que oferece suporte à valorização das narrativas individuais.
“Com este trabalho, queremos gerar questionamentos e debates sobre a importância da forma que nos expressamos através da moda, arte, cultura e política”, conclui Weslley.
Confira a revista na íntegra:
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